20 de setembro de 2021: Instituto Gileno Bahia completa um ano de fundação

“No último dia 20 de setembro completamos um ano de fundação. Queremos agradecer a todos que fizeram parte para que o Instituto Gileno Bahia se tornasse realidade. Só temos motivos para comemorar”, afirma Luana Lacerda, presidente do instituto.

Em apenas um ano de existência, o instituto beneficiou mais de 560 pessoas em oito estados e o Distrito Federal, com a realização de cinco ações e projeto. Foram promovidas ações de apoio e fortalecimento em 13 organizações diferentes, 32 associados cadastrados, mobilizando mais de 100 pessoas. “Entregamos mais de 900 peças de roupas e 34 cestas de alimentos, beneficiando 415 famílias na campanha do agasalho e coletamos 250 kg de tampinhas”, complementa Luana.

O Instituto Gileno Bahia é uma organização sem fins lucrativos de direito privado, que nasceu com o desejo de contribuir com ações socioeducativas e culturais. O objetivo é oferecer ferramentas para o desenvolvimento humano em todas as dimensões – intelectual, física, emocional, social e cultural – fortalecendo crianças, adolescentes e adultos para as escolhas do futuro. Além disso, contribui com ações nas áreas de educação, arte, cultura, esporte, saúde, meio ambiente e formação, oferecendo acolhimento, cidadania e oportunidades. A diretoria é formada e liderada por 10 mulheres engajadas nas questões sociais.  São mães, filhas, professoras, assistentes sociais, advogadas, enfermeiras e contadoras.

No primeiro ano do instituto foram promovidas ações, com o apoio de voluntários, para atender as necessidades emergenciais de dezenas de famílias. Entre elas estão o Dia das Crianças e o Natal, além da entrega de cestas de alimentos, campanhas do agasalho, palestras e o Projeto “Sonhar para Realizar”.

Nesse período foram disponibilizados também cursos para a formação em educação financeira ao público em geral e encontros mensais visando o fortalecimento das lideranças do 3º setor.

O que esperar para os próximos anos

O primeiro ano do Instituto Gileno Bahia foi marcado por muitas conquistas. O próximo passo é trabalhar para ajudar pessoas em situando e vulnerabilidade social, oferecendo ferramentas para o desenvolvimento humano. Para isso, a diretoria está elaborando projetos socioeducativos e culturais, que serão apresentados para parceiros que se interessem em apoiar campanhas em longo prazo. A diretoria do instituto já está elaborando estratégias para ampliar a mobilização de recursos financeiros, humanos e materiais.

Quem foi Gileno Bahia?

Artista plástico e tapeceiro autodidata, nascido em Salvador – Bahia, em 1942, Gileno Bahia começou a criar suas obras de arte na década de 1960 e não demorou a conquistar o mercado internacional. Em 1971, ele expos suas obras em uma galeria na ilha de Saint Martin, nas Antilhas Francesas. Ao longo de sua carreira, participou de dezenas de exposições individuais e coletivas no Brasil e também no exterior, levando suas obras para vários países, entre eles, Estados Unidos, África do Sul, Alemanha, Inglaterra, França, Israel, Áustria, Suíça, Holanda, México e Japão.

Em 1980, decidiu morar, com sua esposa, Helena Lacerda, em Embu das Artes e começou a participar dos movimentos artísticos da região. Foi premiado com a “Medalha de Ouro” no 18º Salão de Artes de Embu das Artes (1981) e agraciado com a obra em tapeçaria intitulada “Banco de Plânctons do Atlântico”. Em 1985, participou da Comissão Organizadora do 21º Salão de Artes Plásticas do município.

Mas foi como líder comunitário, político e ambiental que ele ficou ainda mais conhecido. Ele fundou a Associação Santa Luzia, o Instituto de Plantas Nativas (Ieplan), criou as empresas Aldheia Itacemirim, Viveiro Maíra (voltadas para a educação ambiental e reposição florestal, respectivamente) e também foi candidato a vereador e secretário de turismo.

Em sua visita ao Japão, ele projetou a cidade de Embu das Artes no país, participando da “Coletiva em Hino”, cidade-irmã de Embu, na Provínica de Shiga, ocasião em que o prefeito de Hino, Chuzo Morita, lhe entregou um diploma de mérito.

Gileno Bahia faleceu em 01 de setembro de 2012, aos 70 anos, vítima de câncer.

Quer conhecer um pouco mais sobre Gileno Bahia, então acesse: https://institutogilenobahia.org.br/gilenobahia/

Luana Lacerda

Desde a infância, Luana Lacerda acompanhou as ações solidárias dos seus pais, o artista plástico Gileno Bahia e a professora de artes Helena, em prol da comunidade e do meio ambiente na cidade de Embu das Artes, em São Paulo. Ela cresceu com exemplos, dentro de casa, de pessoas que ajudam e desejam o bem do próximo. Começou, ainda na adolescência, a alimentar o sonho de criar um instituto com o nome do pai, para dar continuidade a sua filosofia de vida, além de preservar a sua memória. Esse desejo ficou ainda mais forte quando Gileno adoeceu, em 2012, e ela prometeu, antes do seu falecimento, que criaria um instituto para dar continuidade ao seu trabalho.

A partir daí, ela começou a estudar em busca de conhecimento sobre o terceiro setor, principalmente sobre as questões socioambientais. Assim, constatou a importância e a urgência de criar o instituto, para a construção e o desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos. A criação desse projeto social conquistou outras pessoas que se juntaram à causa.

Hoje, aos 37 anos, ela é presidente do Instituto Gileno Bahia totalmente dedicado ao desenvolvimento humano. A diretoria e o conselho fiscal são compostos por 10 mulheres comprometidas com as questões socioambientais. E amigos e parceiros também se juntaram a equipe para tornar esse sonho em realidade.

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